O envelhecimento da população brasileira,é um fenômeno social inconteste. Basta um olhar mais aguçado no nosso entorno para percebermos que, a partir de nós mesmos, esse envelhecimento está mais visível. Esta situação, no entanto, não tem eliminado o tratamento preconceituoso e de descaso com que ainda é tratado o idoso. Entendendo que mudanças podem ocorrer pela via da educação, e que os próprios idosos precisam preparar-se para viver positivamente esta etapa da vida, a oportunidade de sua (re) inserção no processo educacional formal indica o eixo norteador para novos aprendizados, inclusive de viver e envelhecer positivamente. A pressuposição básica que norteia este trabalho é, de um lado, de ligação entre educação e velhice, expressões aparentemente incompatíveis, considerando que a educação sempre esteve ligada às crianças e jovens e, de outro lado, de que o processo de envelhecimento é aprendido e, por isso, requer preparação. Esses requerimentos são desafiadores não só para os idosos, mas para professores e organizações de ensino; estão expressos nos conteúdos, na competência de professores, na própria concepção de ensino-aprendizagem. À educação não cabe, apenas, preparar indivíduos para o aprendizado da produção, da linha de montagem, mas preparar para a vida em um mundo de aceleradas mudanças, um mundo que consome ideias, sem limite de tempo e espaço, sem certezas. A preparação terá que ser para uma vida interativa, inconclusa, com exigências cognitiva e instrumental, que considere aspectos éticos, afetivos, espirituais, criativos, de prazer e alegria de viver.
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
A Amizade faz bem para a saúde
Sendo o Bem Estar a nossa linha de acção, procuramos ir chamando a atenção para a sua enorme importância na vida de cada um e, claro, vamos dando umas dicas; a vida é já de si uma benção, desenhar a melhor forma de a viver é uma escolha…
Já imaginou que fomentar a amizade, por exemplo, pode ser extremamente importante para a sua saúde?
Pois é! Segundo uma pesquisa da Universidade Brigham Young, nos Estados Unidos, os seus amigos contribuem em grande medida para o seu bem estar emocional e físico. Este estudo publicado, recentemente pela revista especializada PLoS Medicine, revela que quem tem uma boa rede de amigos tem 50% mais hipótese de ter uma vida longa e, inclusivamente, ter poucos amigos pode ser tão prejudicial à saúde de uma pessoa como fumar 15 cigarros por dia ou consumir bebidas alcoólicas em excesso!
Segundo a pesquisa, a amizade traz bem-estar e desperta a preocupação em cuidar mais de si, em agradar, em partilhar; ainda, os seus amigos são um pilar essencial a quem pode recorrer para superar momentos de tristeza, o que diminui por exemplo a tendência para a depressão, ou com quem desfruta dos melhores momentos que ficam gravados na memória para o resto da sua vida…
Se temos, regra geral, a ganhar com o elo de amigos pelo que já de si representam, a mais-valia para a saúde pode ser um ganho ainda maior do que poderia imaginar!
Já imaginou que fomentar a amizade, por exemplo, pode ser extremamente importante para a sua saúde?
Pois é! Segundo uma pesquisa da Universidade Brigham Young, nos Estados Unidos, os seus amigos contribuem em grande medida para o seu bem estar emocional e físico. Este estudo publicado, recentemente pela revista especializada PLoS Medicine, revela que quem tem uma boa rede de amigos tem 50% mais hipótese de ter uma vida longa e, inclusivamente, ter poucos amigos pode ser tão prejudicial à saúde de uma pessoa como fumar 15 cigarros por dia ou consumir bebidas alcoólicas em excesso!
Segundo a pesquisa, a amizade traz bem-estar e desperta a preocupação em cuidar mais de si, em agradar, em partilhar; ainda, os seus amigos são um pilar essencial a quem pode recorrer para superar momentos de tristeza, o que diminui por exemplo a tendência para a depressão, ou com quem desfruta dos melhores momentos que ficam gravados na memória para o resto da sua vida…
Se temos, regra geral, a ganhar com o elo de amigos pelo que já de si representam, a mais-valia para a saúde pode ser um ganho ainda maior do que poderia imaginar!
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Educando Para Vida - O Mito dos contos de Fada
Por que o mundo das crianças está situado numa espécie de reino, o mais distante possível da nossa realidade, um reino repleto de fantasias, de coisas fáceis, de pessoas gentis, onde o bizarro é coisa inexistente, onde os problemas e dilemas humanos não são sequer mencionados, isso, não temos como saber.
Mas, sabemos que é assim. Assim foi definido. É a prática comum desde incontáveis gerações, é a conduta aceita e glorificada pelas regras sociais que regem cada nação desse mundo, pelos especialistas que definem aquilo que para todos nós é o melhor.
Um mundo onde não existem doenças, onde o mal é tratado como um vilão que atua de fora para dentro do indivíduo humano, como se não fosse parte integrante deste; onde a violência é retratada como uma coisa romântica, capaz ser resolvida pela simples presença de um super-herói ou divindade, que de repente irá surgir do nada, ou sempre que solicitado for.
Eis a base de toda nossa educação, ao menos a ocidental, onde quer que estejamos, como crianças que somos. Se vivemos em um mundo de constantes desafios, onde os problemas e múltiplas atividades do nosso dia a dia preenchem todas as nossas horas de vigília, onde aparentemente dormimos a acordamos mergulhados em disputas sem fim, o que pretendemos, enfim, como objetivo de vida?
Como podemos mudar o rumo das “coisas” se estas regem todos os nossos passos? Não estamos no controle, as circunstâncias sim. Somos regidos na íntegra, não pela nossa vontade e querer, mas pela necessidade constante de solucionar problemas. Resolver problemas, grandes ou pequenos, esse é o nosso objetivo claro de vida. Não os criamos, foram criados antes de existirmos, mas, por que regem nossas vidas, essa é uma questão pendente de respostas.
Se ensino para meu filho que existe um mundo imaginário, para ele isso é coisa real, onde todos são capazes de, pela vontade, viverem qualquer tipo de sonho que seja possível de se criar pelo pensamento, como espero que devam reagir ao descobrirem, mais tarde, sufocados pela competição da vida, que tudo não passara de uma grande ilusão, mentira?
Por incrível que possa parecer, irão ensinar a mesma coisa para seus filhos. Mas, como adultos, dentro de seu imaginário mais profundo, aquela ideia ainda permanece, agora amparada pela força de suas crenças pessoais, que lhe prometem aquele mundo, onde as fantasias de infância são, de fato, uma realidade à sua espera. Talvez por isso mesmo, não haja um empenho efetivo em melhorar nada por aqui, afinal de contas, de qualquer modo, não faz diferença alguma, não será mais um mundo destinado para nós.
Ocorre que, nossas crianças, quando crescidas, irão enfrentar problemas concretos, problemas que ainda não conseguimos resolver, e conhecê-los desde cedo, talvez, faculte-as a decidirem melhor se, desejam permanecer, como nós, com eles a lhes preencherem as horas do dia. Ensinar para a vida é mostrar-lhe desde cedo o que é o viver, suas facetas, seus conflitos ainda não resolvidos, o imenso e complexo problema no qual se tornou a aventura existencial do homem.
Para que a criança seja capaz de resolver seus conflitos, que são os nossos atuais, precisam, desde cedo a conviverem com eles. Conflitos, ou os motivos que causam os mesmos, são coisas que lhes ensinamos, assim como antipatia e empatia; a odiarem aqueles que nunca conheceram, assim como a idolatrarem outros que são da nossa preferência, e tudo isso faz parte do kit de instruções que lhes damos.
ucar não seria lhes ensinarmos como sair dessa imensa e complexa confusão que, embora não a tenhamos criado, somos fiéis multiplicadores? Viver sem conflitos, sem medo, somos de fato capazes de fazer tal coisa, ou melhor, temos tal potencial? Ainda não fomos capazes de demonstrar de forma efetiva se isso, com nossa atual mentalidade e tradições, é coisa possível. Se ainda não somos, quando, de que forma isso irá acontecer um dia com nossos filhos? Haverá de repente, uma mudança, como se fora o desejo de uma fada a empunhar sua mágica varinha de condão?
Importante é nos darmos conta de que, uma personalidade é construída de partes, de eventos e exemplos que serão imitados ou não. Não de trata de um processo de escolha voluntária, não para as crianças. Criança não possui um acervo de vivências suficiente para capacitá-la a escolher da forma mais apropriada, aquilo que lhe serve ou não. Ela tende a imitar, assim como nós, os adultos, já fazemos desde muito tempo. Se temos a nosso favor um lastro imenso de experiência de vida e ainda nos equivocamos em nossas escolhas, o que podemos dizer das crianças, ou jovens?
Elas precisam de nossa ajuda. Precisam conhecer um pouco sobre a vida que terão pela frente. Precisam conhecer as pessoas, seus pontos fracos, suas possíveis falhas e limites. Precisam saber que suas mães, periodicamente, quando sofrem bruscas mudanças em seu humor, estão a passar por processos orgânicos naturais, que a moderna ciência chamou de Tensão Pré-menstrual. Isso decerto evitaria um sem número de conflitos internos com seus filhos, que por não compreenderem essa brusca mudança de comportamento da mesma, logo tiram conclusões equivocadas, o que na maioria das vezes acabam por afetar toda harmonia na convivência do grupo.
Precisam saber o que significa ficar velho, afinal de contas, com sorte, a maioria delas também terá como certeza dos seus dias vindouros, a mesma condição. Não se trata de um processo de escolha voluntária, mas uma certeza. Então, por que isso lhes ocultamos como se fora coisa inexistente? Não seria uma forma lógica de, além de criarmos um maior vínculo de respeito com relação aos mais idosos, aos poucos estreitando a clara indiferença que lhes delegam os mais jovens, também as alertamos para o inevitável fato que a todos aguarda?
Se educar para a vida não passa de repetir procedimentos de forma mecânica, como o ato de dar corda num autômato para reproduzir alguma coisa, não devemos nos iludir, não há possibilidade alguma de transformação pessoal de quem quer que seja, mas apenas de mudança estética, uma maquiagem, no limitado e precário cenário onde todos nós disputamos com unhas e dentes um espaço para sobreviver.